South Summit Brazil 2024: o seu wrap up de inovação e liderança

April 11, 2024

No coração vibrante do South Summit Brazil 2024, a Numerik capturou a essência do que é necessário para liderar e prosperar em um mundo empresarial em constante evolução. Através de uma análise perspicaz feita pelos nossos Especialistas em Inovação, emergiram 5 aprendizados chave que prometem guiar líderes e empreendedores através do labirinto da inovação, sustentabilidade e crescimento. Confira abaixo.

Créditos: Numerik

1. Liderança Feminina: A pluralidade como motor da inovação

No painel “Female Leadership Exponential Results”, extraímos grandes insights sobre a liderança feminina. De acordo com a discussão entre Dhafyni Mendes (Todas Group), Nathália Brandão (TikTok), Patrícia Muratori (Google) e Adriana Aroulho (SAP), para alcançar resultados exponenciais, é crucial fomentar a inovação em todas as esferas da organização. No cenário corporativo dinâmico de hoje, a liderança feminina se destaca não apenas por promover a inovação através da diversidade e pluralidade, mas também por navegar habilmente pelo complexo jogo corporativo com suas regras não escritas: a capacidade de ler nas entrelinhas, adaptar-se rapidamente a novos cenários e exercer persuasão sutilmente.

Além disso, a liderança feminina é frequentemente marcada por uma abordagem mais humanizada, focando na promoção da autoconfiança e na abertura de oportunidades para inovação e crescimento. 

Pontos essenciais da liderança feminina:

Ter mais coragem do que medo, arriscar-se mais;
Ser mais gentil consigo mesma, não ser o seu pior algoz;
Olhar para as pessoas, humanização dos processos.

No processo de ascensão de carreira, questionamentos como “eu estou contribuindo?” e “minha presença é legítima nesse espaço?” são o reflexo de líderes eficazes. A sensação de não pertencimento, longe de ser um obstáculo, é vista como uma oportunidade para questionar e trazer movimento e mudança positiva.

Ainda, reconhecendo que as carreiras não precisam ser lineares, a liderança feminina valoriza a neuroplasticidade - a capacidade de aprender e resolver problemas de maneiras inovadoras. Em vez de aspirar a cargos específicos, o foco está em como utilizar suas habilidades e conhecimentos para orquestrar recursos e criar valor. A verdadeira liderança não espera por um título oficial. Ela se manifesta na escuta ativa, tanto das necessidades das pessoas quanto das exigências do negócio.

Contudo, justamente pela liderança feminina ainda ser um desafio presente no universo corporativo, são necessários esforços colaborativos. Com esse cenário em vista, nesta 3ª edição do South Summit Brazil, o evento promoveu uma iniciativa inédita, em correalização com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e com apoio do Banco do Brasil: o Women @ South Summit, programa voltado a dar destaque às lideranças femininas. Dentro desta iniciativa, fomos parceiros na realização do SheLeads Startups, uma rodada de negócios entre startups fundadas e/ou lideradas por mulheres e investidores. Essa aliança entre iniciativa pública e privada com as startups e com o foco em uma pauta tão relevante vai totalmente de encontro com o que a Numerik acredita.

Créditos: 30DZ7

2. Corporates e Startups: Uma relação frutífera

Muitas vezes a interação entre corporações e startups é marcada por conflitos, o que não deve ser visto negativamente. Ao contrário, é justamente esse desconforto que fomenta uma cultura de inovação. Marcelo Wolowski, founder e CEO da Invisto, compartilhou alguns passos importantes para o desenvolvimento de relações frutíferas:

1. Avaliar o nível de maturidade de inovação da corporação para entender o ponto de partida e definir estratégias adequadas.

2. Entender profundamente a cultura tanto da corporação quanto da startup, avançando com projetos de forma objetiva e com maiores chances de sucesso. A startup não apenas participa ativamente, mas também pode oferecer suporte essencial no fortalecimento da cultura de inovação da corporação.

3. Estabelecer um relacionamento sólido com a corporação, identificando os patrocinadores e decisores chave. Aproximar-se estrategicamente dessas pessoas é crucial para facilitar a aceitação e implementação eficaz das iniciativas de inovação entre as corporações e as startups.

Também é crucial considerar de forma distinta a inclusão de startups no contexto das corporações já estabelecidas. Isso envolve desde o processo de seleção, que deve valorizar o caráter inovador e singular dessas empresas nascentes, até a preparação prévia do mindset da gestão e a execução de Provas de Conceito (POCs)

“A gente não compra um exame pelo seu resultado positivo, mas sim pelo resultado em si. A mesma coisa é uma POC: você não contrata ela para dar certo, mas sim para testar e entender quais os seus resultados e impactos”, disse Sônia Oliveira, Coordenadora de Inovação da Irani.

Porém, nem sempre uma empresa tem expertise e as ferramentas necessárias para conduzir POCs com excelência. Neste cenário, contar com consultorias de inovação como a Numerik se torna um grande diferencial. Afinal, a consultoria tem esse papel de aplicar e educar sobre metodologias, e, principalmente, mostrar o porquê de testar uma solução e o valor de executar uma Prova de Conceito.

Créditos: 30DZ7

3. Cultura De Inovação: Como medir algo tão etéreo e relevante

Em um ambiente corporativo que valoriza a inovação, surge frequentemente a questão: como medir efetivamente a cultura de inovação? Segundo painel com participação de Debora Chagas, Sócia da Numerik, a resposta pode estar no desenvolvimento de ferramentas específicas destinadas a avaliar a maturidade da inovação através da cultura organizacional. Uma abordagem recomendada seria investigar a aversão ao risco e a fluidez dos processos internos, especialmente nas áreas de jurídico, compliance e finanças, para identificar potenciais bloqueios.

No entanto, promover uma cultura de inovação não é suficiente por si só. Eles orbitam em velocidades diferentes, mas sempre em direção ao objetivo comum de inovar. Os resultados financeiros, muitas vezes alcançados mais rapidamente, devem caminhar lado a lado com o desenvolvimento de uma cultura de inovação, ainda que este último possa exigir um tempo maior para se manifestar. Testes e experimentações são essenciais para que isso aconteça.

A cultura não come a estratégia

O artigo do MIT Sloan Review desafia a ideia de Peter Drucker de que a cultura predomina sobre a estratégia, destacando a importância da interação entre cultura, estratégia, contexto e educação nas organizações. Mesmo sem uma estratégia explicitamente definida pelos líderes, as organizações estão constantemente executando uma, moldada pelas decisões tomadas em todos os níveis. Cultura e estratégia, inter-relacionadas, são vistas como a transmissão de informação em contexto e a transformação de aspirações em capacidades, respectivamente. Sugere-se uma estratégia "figital" (FÍsica, diGItal e sociAL), que se adapta ao contexto organizacional em evolução e sublinha a inovação como chave para redefinir tanto o tecido social quanto a própria empresa, indo além da concepção tradicional de estratégias top-down.

Neste painel e também no encontro de Innovation Leaders que realizamos no dia 19, a cultura de inovação foi apontada como um ponto-chave para o sucesso de uma empresa inovadora a longo prazo. Uma das maneiras de fomentar essa cultura é promover o intraempreendedorismo. Ou seja, despertar o espírito empreendedor nos seus colaboradores. 

 

Consultorias de inovação como a Numerik podem auxiliar na preparação de departamentos para colaborar com startups, criar estratégias para desenvolver uma cultura de inovação, atuando como facilitadoras no alinhamento entre cultura e estratégia. 

Créditos: Numerik

4. Manter a chama interna da inovação acesa

Olhar para o cotidiano é um poderoso catalisador para a inovação, não apenas nutrindo criatividade individual, mas também promovendo uma cultura organizacional onde a inovação é vista como um processo contínuo e coletivo de aprendizado e questionamento.

Jeff Hoffman, fundador da Booking.com, compartilhou durante o South Summit Brazil 2024 duas dicas de como manter essa chama acesa:

1. Estabelecer o "5 year old day". Isto é, separar periodicamente momentos para questionar como uma criança de 5 anos: “por que isso funciona assim?”, “por que você faz dessa forma?”. Enquanto muitos trabalham no piloto automático, é crucial enxergar o mundo com a curiosidade e o questionamento característicos de uma criança, revelando pressupostos ocultos e inspirando novas maneiras de resolver problemas.

O que pode ser melhorado na sua empresa está na pergunta que você ainda não fez 

2. Aprender algo novo todos os dias, o que Hoffman chama de "info sponging". Ele sugere dedicar de 15 a 20 minutos diários para aprender algo completamente novo e fora da sua área de atuação ou trabalho. Esse hábito estimula o pensamento lateral, abrindo caminhos para conexões criativas e inesperadas. 

“Os maiores empreendedores e inovadores do mundo olham para o mundo muito maior que a sua zona de atuação”, diz Hoffamn, afinal muitas soluções para os problemas não estão no nosso dia a dia.

5. Apaixone-se pelo problema

Uri Levine, co-fundador do Waze, descreve o processo de se encantar por uma ideia até que ela se torne "a escolhida", similar ao processo de se apaixonar por alguém. No início, há uma dedicação total à ela, mesmo diante do ceticismo dos outros, mas a jornada empreendedora em si está repleta de altos e baixos, sendo necessária uma paixão ardente para perseverar.

“Se essa jornada vai ser de falhas, então quanto mais rápido você falhar, mais você aumenta a probabilidade de ser bem-sucedido”

Albert Einstein costumava dizer que se você não falhou, é porque não tentou nada novo antes. Michael Jordan disse que falhar várias e várias vezes é o que o fez ser bem-sucedido. O caminho da inovação é feito de falhas: testar, experimentar, falhar, ajustar, testar, experimentar…, e assim por diante.

Além da paixão pela ideia, é preciso encantar-se pelo problema a ser resolvido. Conheça a realidade e o público que sofre com essa dor, e só então comece a construir a solução. Este comprometimento com o problema guia o empreendedor e facilita a conexão com usuários e investidores. Apaixonar-se pelo problema aumenta dramaticamente sua probabilidade de ser bem-sucedido porque o problema se torna a estrela guia de sua jornada, mantendo você focado. Em conversa com Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú, em nosso podcast, ele aborda este conceito “Apaixone-se pelo problema, não pela solução” de Uri Levine. Ouça o episódio completo

Complementarmente, algumas dicas de ouro deixadas por Levine no evento foram:

- O foco não é o que estamos fazendo, e sim o que NÃO estamos

- Se você não ama o que está fazendo, faça algo que ama

- O principal é manter o principal como principal (prioridade não tem plural)

- Ninguém nasce CEO, monte um bom time para auxiliar e tome decisões difíceis sempre que necessário

- O principal inimigo do bom o suficiente é o perfeito

- Sucesso = muito valor x muita gente boa x repetidamente

- Agende suas prioridades, e não priorize sua agenda

Em conclusão, a capacidade de inovar – de repensar processos, produtos e serviços – é agora reconhecida não apenas como um diferencial, mas como um imperativo estratégico. Sublinha a necessidade de uma mentalidade que valorize a criatividade, a diversidade de pensamento e a resiliência frente ao fracasso. 

Esse wrap up captura a essência do que é necessário para navegar e triunfar no ambiente de negócios contemporâneo, assegurando não apenas a sobrevivência, mas o florescimento em um mundo em constante transformação.

Créditos: Numerik

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