Inteligência Artificial no Turismo: Por que a Governança Vem Antes da Aplicação

A Inteligência Artificial já é uma realidade no turismo. De destinos inteligentes a redes hoteleiras globais, o setor começa a incorporar tecnologias que otimizam operações, personalizam experiências e abrem novas oportunidades de negócio.
Mas antes de adotar uma solução de IA, é essencial ter clareza sobre propósito, governança e valor.

No Turistech Hub, trabalhamos justamente para apoiar esse movimento  conectando mais de 600 startups do ecossistema de inovação ao de  turismo e hospitalidade, com foco em inovação aberta e responsável.

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O Turismo Vive um Momento de Virada

De acordo com o WTTC (World Travel & Tourism Council) o turismo responde por 9,8% do PIB global em 2024 e segue entre os setores que mais empregam no mundo. Na América Latina, seu peso econômico e social é ainda mais expressivo.

Com a chegada da IA generativa e preditiva, vemos uma transformação em várias frentes:

• personalização da experiência do viajante,
• precificação dinâmica baseada em dados,
• chatbots e assistentes inteligentes,
• gestão de demanda e otimização de receita.

Empresas globais como Hilton, Expedia e Amadeus já utilizam modelos de IA em larga escala  desde chatbots que conversam com hóspedes até algoritmos que antecipam o comportamento do consumidor.

O desafio, especialmente para o setor latino-americano, não é “se” a IA deve ser aplicada, mas como aplicá-la com propósito e governança.

Antes de Conectar, É Preciso Compreender

No Turistech Hub, trabalhamos diariamente para apoiar empresas do setor turístico em suas jornadas de inovação. 

Hoje, já mapeamos cerca de 600 startups do ecossistema e uma parcela significativa de 20% da nossa base,  já atua com soluções baseadas em Inteligência Artificial.

Isso quer dizer que 1 em cada 5 startups da base utiliza Inteligência Artificial como uma de suas tecnologias principais.

Algumas startups bem sucedidas que fazem parte do ecossistema e atuam com AI:

Bebook - Inteligência artificial que integra diversos sistemas, analisando e entregando maior faturamento, por meio da previsão de demandas. Isso tudo pensado para que os Hotéis e Redes aumentem sua receita distribuindo de maneira inteligente o preço certo, na hora certa para o cliente certo. RMaaS (Revenue Management-as-a-Service).

Abstra - Plataforma de automação com IA + Python para times financeiros modernos. Ajudam CFOs a automatizar e escalar fluxos críticos do backoffice para que o time gaste menos tempo no operacional e mais em análise e decisão.

Vibes app - O VIBES é uma Travel Tech, um “Personal rolê”. Com a inteligência artificial chamada TRIP, ele entende seus gostos para lazer e turismo e passa a indicar opções personalizadas conforme suas VIBES do dia. Para os empreendedores da área, é uma ferramenta de alto impacto e baixo custo, direcionada capaz de anunciar seu empreendimento ou serviço de lazer e turismo para nossos usuários que possuem real interesse de consumo. 

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Além das três soluções acima, existem muitas outras soluções que impactam diferentes segmentos no setor de turismo conectadas ao Hub e abertas a solucionar problemas reais.

Muitas vezes, empresas buscam se conectar com startups de IA por tendência ou curiosidade. Mas a pergunta que precisa ser feita é outra:

“Qual problema de negócio eu quero resolver com essa tecnologia?”

De nada adianta incorporar uma startup de IA sem clareza sobre o porquê, o para quê e como mensurar o valor dessa parceria.

É aí que entra o papel da inovação aberta com governança: conectar o setor público e privado a startups com propósito claro, alinhando expectativas, métricas e impacto.

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Checklist de Governança de Inovação  Antes de Implementar IA

Antes de integrar qualquer solução de IA à operação, vale revisar alguns pilares fundamentais:

1. Estratégia e propósito

Defina o objetivo de negócio que a IA deve resolver  não a tecnologia em si.

2. Dados e privacidade

Mapeie as fontes de dados e garanta conformidade com a LGPD. Qualidade e segurança vêm antes da automação.

3. Ética e impacto social

Avalie potenciais vieses e riscos de decisões automatizadas. Transparência é essencial.

4. Pilotos controlados

Comece com experimentos em ambientes controlados. Monitore métricas e estabeleça critérios para expansão.

5. Comitê de governança

Forme um grupo multidisciplinar (dados, jurídico, operação, negócio) para acompanhar decisões e resultados.

6. Cultura e capacitação

Prepare as equipes para trabalhar com a IA  não apenas tecnicamente, mas também em mentalidade e responsabilidade.

Inovação Aberta com Responsabilidade

No Turistech Hub, acreditamos que o futuro do turismo passa pela inovação aberta  e que governança e propósito são o ponto de partida para qualquer aplicação tecnológica.

A IA pode gerar ganhos expressivos de eficiência e personalização, mas só se estiver conectada a uma estratégia clara, indicadores de valor e responsabilidade na tomada de decisão.

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Conclusão: IA é Meio, Não Fim

A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa, mas não resolve sozinha os desafios do turismo.
O diferencial competitivo estará nas empresas que souberem formular boas perguntas, testar com governança e escalar com propósito.

A tecnologia é meio: o impacto vem das pessoas e da forma como escolhem usá-la.

No Turistech Hub, conectamos empresas, destinos e startups para construir um ecossistema de inovação aberta e responsável no turismo.

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